Deve ter algum jeito bom de morrer.
Morrer de fogo, esse fogo que me consome por dentro, que externo no rosado do meu rosto.
Morrer sob a água, quando estamos no mar, no rio, na piscina, quando nossos beijos não nos permitem respirar, quase como se estivéssemos sob a água.
Ou morrer simplesmente. Dessas pessoas que morrem dormindo. Dormindo ao seu lado. Dormindo o cansaço dos namorados. Descansando a vida boa daqueles que amam.
Ou morrer acordado, olhando seu rosto, te admirando até o ultimo suspiro. Morrer te querendo. Morrer sabendo que não podia ter sido melhor.
Morrer sem medo. Morrer sem querer mais, porque foi o suficiente estar com você.
Morrer para mim, quase nascer para você. Nascer de novo, Nascer só pra esse amor. E morrer mil vezes se fosse preciso. E essas mil vezes renascer.
E enfim, não ter medo de morrer. Não ter medo de nada. Pular no vazio. Porque morrer deve ser como pular no precipício e nunca mais encontrar o fim.
Se eu pulasse então, eu pensaria em você. Morreria de amores. Morrerias nos teus braços. Porque antigamente paixão significava sofrimento. Acho que amar significava morrer.
Karine Lima
Obg pela dica do livro tá! :*
ResponderExcluirMuito interessante esse texto. Tem uma música de Raul Seixas que começa assim:
"Eu sei que determinada rua que eu já passei,
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar"