sábado, 21 de maio de 2011

O NASCIMENTO DE UM POEMA

Para limpar de meu ser
toda malha de sensações
que é tecida no pulsar dos dias,
Jogo na brancura da folha
todo meu sentir camuflado em palavras…
Transgrido a pureza do papel,
maculo-o com o negro da tinta
que carrega cada fragmento dissoante de mim.
O resultado disso? O nascimento de um poema.


(Michelle Buss)


.

Guerra

Meu pai, John Gallemann foi soldado da guerra do Vietnã. Minha mãe diz que ele voltou de lá estranho.
     Às vezes ele ficava lá, na sua cadeira de balanço no terraço, sentado. Pensando. Eu sei que ele pensava na guerra.
     Naqueles momentos eu ficava de pé atrás dele, abraçava seu pescoço, colocava meu queixo em usa cabeça e ficávamos lá. Sem falar nada.
     Nesse dia, além de pensar, ele observava meus dois filhos, que brincavam no jardim de juntar areia e construir castelos. E neste dia ele falou:
     - Anne.
     - sim, pai.
     - Anne me prometa uma coisa: Jamais você vai ensinar seus filhos a amarem a guerra.
     Fiquei calada diante daquilo.
     - Anne, a guerra é feia. É a própria face do inferno Anne. Eu não tenho medo do inferno, porque já estive lá. É a coisa mais feia, mais dura... Não diga a seus filhos para terem medo de lobos, bruxas, ou algo assim. Diga-lhes para ter medo dos homens que fazem a guerra.
“Sabe Anne, eu brincava muito de guerra com meus amigos da escola. E era divertido, porque quando um deles morria, você encontrava com ele no outro dia e ria dele. Ria dele porque se deixou matar. Mas na guerra não. Quando um amigo morre na guerra Anne, não rimos. Porque não vamos encontrar com ele no outro dia, e pode te acontecer o mesmo.
     Mas o pior não é este momento. O pior é quando você é que mata alguém. Eu juro, Anne, é pior. Depois que passa, você quer morrer também. Alguém que nunca te fez mal, que talvez tinha mulher e filhos. Que talvez fosse uma pessoa melhor que você.
     Quando eu era jovem, escolhi ir pra guerra. Porque os outros diziam que lá se virava homem. Eu voltei de lá meio homem. Uma parte de mim nunca saiu de lá. É como se eu tivesse olhos ainda no campo de guerra, porque se eu fechar os meus (fechou os olhos) posso ver tudo o que se passava.
     Ensine isso a seus filhos Anne. Não deixe que eles façam a guerra, não deixem que eles amem a guerra, não deixem que eles se relacionem com pessoas que amam a guerra. Quem ama a guerra Anne, não ama mais ninguém.”

     Eu jurei isso a mim mesma.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

selos!

Esses dois selinho vieram dos blogs:
http://moda-dia-a-dia.blogspot.com/
http://odiariodalouca.blogspot.com/

E pode ser enviado para outros blogs! Isso fica a cargo de todos os escritores!
bjinhos!



bjinhos!!!
byyee

sábado, 7 de maio de 2011

Apenas... Te amo!

Queria escrever algo para demonstrar o que sinto por ti
Queria escrever os mais belos poemas de amor,
Os mais profundos sentimentos
Os nossos melhores momentos

Queria ao teu lado estar
Abraçar-te... E quem sabe... Beijar-te
Mas isto não basta
Quero mais...
Quero você...
Não como amigo... Quero algo mais
Quero te ter como a razão da minha vida
Meu viver...
Meu chão...

Não consigo parar de pensar em ti
Ao teu lado, esqueço o mundo...
Esqueço tudo...
Por que será?
Talvez por você ser à única razão do meu viver
O meu chão...
Nada mais tenho a dizer
Apenas... Te amo!

Encontrar

Eu vou gritar o silêncio preso em meu corpo cansado, que já não sente sua presença aqui. Dar asas a imaginação para compor músicas que possam tocar seu coração. É preciso abrir novos horizontes para encontrá – la, você está do outro lado. Nem perto nem longe, um pouco distante. Distante de mim, distante dos outros, distante dos que não a conhecem, mas que sempre à encontram de alguma forma. Nas cores do arco – íris eu posso ver sua imagem refletida e no brilho das estrelas sentir seu encanto, na palma da minha mão eu vejo linhas que me proporcionam a formação de sua letra inicial, em desenhos no céu vejo corações que conversam comigo, falam sobre amor, falam sobre você. Um dia esses corações se juntaram  e formaram um só coração e ele batia forte, eu podia sentir as batidas dentro de mim. Hoje eu sei que tudo que eu faça me lembrará você e nada me fará te esquecer, um dia os céus poderam me ajudar à encontrá – la, nessa vida, em outra vida, na minha vida.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A gente percebe quando gosta

Não quando o beijo é bom,
Nem quando o abraço é gostoso.
Bochecha rosada?
Isso não é nada!

A gente percebe quando gosta.

Quando uma música melosa
Faz pensar na pessoa amada.
Quando um grãozinho de terra que fica
Da sua roupa molhada,
Não quer sair na lavagem,
E o carro fica na garagem,
Porque andando é bem melhor
Vai mais devagar
Dá pra conversar,
Dá pra...
Dá pra nada.
Quando a gente ama o tempo passa
Passa rápido
Mal dá pra matar a vontade
A saudade.

A gente percebe quando gosta
Porque dá vontade de ler duas vezes
O e-mail,
A carta,
A mensagem,
A conversa salva do chat.
A gente percebe porque tudo serve!
Serve sair por horas,
Serve se ver por minutos,
Serve falar pelo telefone,
Serve até fazer comida,
Ruim ou gostosa!

A gente percebe quando gosta,
Porque fica fácil escrever poesia,
Escrever cartas e contos
E entregamos os pontos.
E rimos o tempo inteiro.
Porque quando o corpo se sente muito feliz
E não sabe como mostrar
Ele ri
Ri de alegria
Ri de esperança
Ri de vontade de abraçar
E de beijar.
E nada melhor do que um beijo sorrindo.
Um abraço sorrindo,
Um sorriso sorrindo.
Sorrindo é sempre melhor.

Não procure fórmulas do amor,
Não se pergunte se ama.
Se precisas e perguntar, não ama
Porque a gente percebe quando ama.
Percebe... percebendo, como dizem as crianças.

Metido a cavalo do cão (causos)

No nordeste (pelo menos cá em Pernambuco) tem a expressão: “metido a cavalo do cão”. Que fique bem explicado que Cão é Diabo. Mas isso é história para outro dia!
A história que vou contar agora é como surgiu a tal expressão “Metido a cavalo do cão” (pelo menos, como eu acho que surgiu).
Enfim, verdade ou não, vou contar!
Tinha uma cidade de nome muito diferente, era a cidade de Caporá. Era uma cidade muito pequena na verdade. Tinha uma rua principal, onde ficava a igreja, a escola, a prefeitura, a padaria e o Banco. Tinha uma pracinha pequena. A riqueza da cidade eram as grandes fazendas.
Um belo dia chegou em Caporá um sujeito muito estranho, magricelo, amarelado, fraquinho, raquítico. Era feio o pobre homem.
E estranho. Tomava cana que só vendo. Tomava um litro e meio sozinho e nem ficava cambaleando. Bebia aquela bebida ardente que nem quem bebe água. As roupas mal arrumadas, um chapéu velho na cabeça e uma cara enfezada.
Se demorou na cidade algumas semanas. Não se sabia onde dormia. Não tinha registro na estalagem na cidade (que também ficava na rua principal, esqueci de dizer) e ninguém o via dormindo por bancos da pracinha, ou nas calçadas da pequena cidade.
Logo, as crianças sentiam medo dele. As beatas passavam e faziam o sinal da cruz. Diziam que era o “Cão” em pessoa. O Bute, o Diabo, o Coisa Ruim, o Senhor das Trevas, O Capiroto, o Malvado.
Mas criança não tem medo de nada, toca chamar o homem de “seu Diabo” bem alto no meio da rua.
E ele fingia que não ouvia.
Mas acontece que um dia, Josué, filho do fazendeiro mais rico de Caporá cismou de tirar  a paciência do desconhecido. Chamou o homem de tudo o que era nome feio. Xingou de mãe à avó, e o estranho nem aí. Até que por fim Josué disse as seguintes palavras:
- Deus me salve desse maluco!
O homem voou pra cima do pobre do Josué. Foi uma coisa espantosa. De socos, cabeçadas, arrastão e pontapé. Caiu em Josué com tudo.
O povo tentava salvar o rapaz rico que estava ali apanhando. E o estranho com a louca batendo em Josué. Acharam inclusive que aquele ódio todo foi por Josué ter dito a palavra “Deus”.
A questão é que quando Josué já estava desmaiado no chão e o estranho já chutava cachorro morto. Deu uma ventania estranha na cidade, e o desconhecido virou um cavalo preto de olho vermelho e crina azul. Correu tanto que ninguém nunca mais viu.
Então o povo percebeu que não era o diabo em pessoa, mas seu cavalo!
Desde desse dia, lá em Caporá, quem é metido a forte e valente e age sempre com violência e covardia é “Metido a cavalo do Cão.”
Eu hein!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Não fale nada, deixe acontecer!

Você não precisa me dizer onde estava
Eu já disse que tá tudo bem
Não se preocupe com nada
Sei que não estava com outro alguém,

Vejo nos teus olhos
O medo e a aflição
Não se preocupe com nada
Sei que não se trata de uma traição

Mas sou ser humano
E preciso do teu carinho.
Peque minha mão
e nunca mais me deixe sozinho

Porque...

Porque te amo e quero você aqui.
O que os outros vão pensar
Eu não estou nem ai...

Então segure minha mão e sinta o meu coração,
Neste momento olho pro céu, e percebo não é ilusão

Sei que estavas lá fora
Procurando um tempo pra pensar
E eu não via a hora
De você voltar

Agora que voltou, 
Te peço por favor...
Nunca mais me deixe sozinho!

Porque...

Porque te amo e quero você aqui.
O que os outros vão pensar
Eu não estou nem ai...

Então segure a minha mão e sinta o meu coração,
Neste momento olho pro céu, e percebo não é I-L-U-S-Ã-O...



(Olá pessoal, também estou fazendo parte do Clube de Escritores e devo admitir que é uma honra pra mim estar escrevendo pra este blog! Espero que gostem dos meus posts e peço à vocês que  deixem comentários se gostarem, do contrário, críticas também são bem-vindas)

domingo, 1 de maio de 2011

Minha ,só minha...

Diga-me se tudo isso que estou fazendo é errado. Se a vida não tem mais alma, nem um simples sentimento bobo, que nos da vontade de viver. Isto tudo pode ser besteira, palavras banais jogadas no lixo, como, qualquer coisa fútil e irrelevante. Parece que tudo isso que fiz para você não é o suficiente. Que você vai me jogar no chão e pisar, pensando que sou um rato qualquer de esgoto. Pode fazer tudo isso, mas ainda assim não vai tirar a vontade que eu tenho de ficar com você, a vontade que eu tenho de te beijar...

Meus

O sol é minha estrela
A lua é o meu radar
O céu é o meu paraíso
Onde eu posso te encontrar