O tempo é um senhor velho com os olhos de menino e a pressa de um homem...
(Michelle Buss)
Escrever é resgatar razões, elucidar emoções. É pôr em equilíbrio os sentidos deixar-se levar pelo embalo dos vocábulos. É pôr na mira dos olhos o que se oculta dentro de nós. É não ter medo de mostrar, é traduzir-se em palavras. Thiago Brito
quinta-feira, 28 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Conflito mental.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Cotidiano
Hoje eu dormi e não consegui sonhar...
O despertador tocou e eu não quis acordar...
O dia começou e eu não queria trabalhar...
A tarde também chegou e eu não queria almoçar...
Na aula, eu com sono, não queria estudar...
O ônibus tão cheio que eu não queria pegar...
Uma casa tão chata que eu não queria frequentar...
Um beijinho tão doce, e eu não queria beijar...
Um vinho, um violão e eu sem vontade de comemorar...
Um táxi, uma condução e para casa fui, deitar...
Só para voltar ao início e a poesia recomeçar...
Karine Lima
O despertador tocou e eu não quis acordar...
O dia começou e eu não queria trabalhar...
A tarde também chegou e eu não queria almoçar...
Na aula, eu com sono, não queria estudar...
O ônibus tão cheio que eu não queria pegar...
Uma casa tão chata que eu não queria frequentar...
Um beijinho tão doce, e eu não queria beijar...
Um vinho, um violão e eu sem vontade de comemorar...
Um táxi, uma condução e para casa fui, deitar...
Só para voltar ao início e a poesia recomeçar...
Karine Lima
domingo, 24 de abril de 2011
Te querendo mais.
Quero que tudo o que está acontecendo nunca acaba, quero que a nossa vida fique cada vez mais perto, quero suas mãos sobre as minhas e seu peito sobre o meu. Jogar você na parede e te beijar sem parar, querendo que o tempo pare para eu continuar beijando você por mais tempo, querendo isso casa vez mais muito mais, querendo que o mundo pare, que todos fiquem congelados e que deixe a nossa paixão fluir naturalmente. Irei deixar todos parados e perplexos com tudo o que eu irei contar, você vai ficar boquiaberta com tudo que eu irei soltar. Mas não pensem muito, fique apenas só um pouco parada, isso bastará para eu saber o que você quer.
mini-maxi-universo
Saindo do meu mini-mundo
Mini-estranho, mundo estranho
Mini-mundo-estranho
Encontrei você no maxi-universo
Tão interessante esse universo
Tão cheio de becos sem saída
Pulamos os muros.
Atravessamos riachos
E eu sai da minha bolha gigante
Maxi-bolha de maxi-bolsa de maxi-moda
De mini-pessoas.
Onde tudo o que importa são nomes
De pessoas mortas
Que não sabemos quem são
Que se acham no direito de me dizer como devo...
Como devo ir
Me vestir
Me sentir
Me sentar
Me portar
E todos os verbos que se apliquem a mim
E você me tirou dessa maxi-merda
E me mandou pro lugar onde tudo é de todos
Todos tem tudo
Ninguém tem nada
Ninguém é de ninguém
Ninguém é obrigado a amar ninguém
A falar com ninguém
E enfim pude ser quem realmente sou.
Longe de tudo e de todos
Perto de mim.
Karine Lima
sábado, 23 de abril de 2011
Eu só espero
Quem sabe eu ainda possa viver muito, ou eu só possa viver por 5 segundos, quem sabe isso tudo que eu falo não passa de uma simples ilusão boba e infantil!?! Ilusão essa que esta dentro do corpo desde que eu nasci, desde o meu primeiro beijo, desde o meu primeiro amor, desde a minha primeira transa. Maldição, queria estar de bem com a minha alma, ficar um tempo parado sem poder pensar em nada, sem não disser nenhuma palavra. Mas isso nunca vai acontecer, isso não vai ficar assim para sempre, irei mudar tudo, irei mudar o mundo, irei mudar vidas e essa mesmas vidas vão me mudar. Mas não por eu ser uma pessoa desprezível ou amarga, mas apenas por que todos mudam, alguns para a melhor outros nem tanto.
Só quero que você não mude,não comigo,eu espero que isso fique assim,como esta,espero que ainda lembre de mim quando estiver velinha com o seus netos.
Só quero que você não mude,não comigo,eu espero que isso fique assim,como esta,espero que ainda lembre de mim quando estiver velinha com o seus netos.
Hugo Xavier de Sá
Pense em si.
Estou cada dia mais fraco, não sei como eu ainda estou ficando de pé, não sei nem como eu estou respirando... Maldita dor que entra na minha face e não quer sair de jeito nenhum,maldita dor de cabeça, malditos sejam todos aqueles que ainda querem me ver deitado no chão da sociedade imunda que nós convivemos. Espero que todos eles olhem para onde eu estou indo e não vão atrás.
Olhem para onde o meu destino está me levando, olhe para onde eu estou viajando e pensem um pouco mais sobre o que vocês falam. Não quero ser melhor do que ninguém, só quero que a minha vida fique em paz mais uma vez. Só quero que ela fique bem como era antes, só espero que ela fique calma, que eu fique calmo e que ninguém pense que estou sendo hipócrita...
Mas eu ainda tenho a certeza que vocês me querem ver jogado, esperando que algum corvo venha e faça do meu rosto o seu ninho, que meus filhos não tenham nada. Mas nada disso vai acontecer, eu não deixarei, jamais isso vai acontecer, não enquanto eu ainda estiver VIVO.
Nunca deixe que esses malditos putre-fatos falem como vai ser a sua vida daquele momento para a frente, não deixe que eles tracem o seu destino, como um desenho infantil... Nunca deixe que isso aconteça, faça você mesmo, faça o que tiver vontade, faça tudo que lhe der vontade. FAÇA.
HUGO XAVIER DE SÁ
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Encontrar
Eu vou gritar o silêncio preso em meu corpo cansado, que já não sente sua presença aqui . Dar asas a imaginação para compor músicas que possam tocar seu coração. É preciso abrir novos horizontes para encontrá – la, você está do outro lado. Nem perto nem longe, um pouco distante . Distante de mim, distante dos outros, distante dos que não a conhecem, mas que sempre à encontram de alguma forma. Nas cores do arco – íris eu posso ver sua imagem refletida e no brilho das estrelas sentir seu encanto, na palma da minha mão eu vejo linhas que me proporcionam a formação de sua letra inicial, em desenhos no céu vejo corações que conversam comigo, falam sobre amor, falam sobre você . Um dia esses corações se juntaram e formaram um só coração e ele batia forte, eu podia sentir as batidas dentro de mim . Hoje eu sei que tudo que eu faça me lembrará você e nada me fará te esquecer, um dia os céus poderam me ajudar à encontrá – la, nessa vida, em outra vida, na minha vida .
PEDIDO DE CASAMENTO
Quando a vida dançar cirandas
E poemas desabrocharem em quintais de flores azuis.
Quando o sol nascer do outro lado
E sapos coaxarem mormaços de verões.
Quando do amanhecer chover fragmentos caleidoscópicos de aurora
E o sabor das pitangas for a nota mais doce da canção.
Quando o céu resolver trocar de roupas
E enfim, vestir o sutil dos violetas iridescentes.
Quando as papoulas despertarem em outras estações
E o tempo dos solstícios for o mesmo dos equinócios.
Quando o quadrante dos sonhos noturnos for o mesmo da realidade
E araras forem as mensageiras de loucuras gravitacionais.
Quando então as horas baterem no meu rosto
E me libertarem das cadeias de medos insípidos.
Quando as línguas forem criptografadas em batimentos cardíacos
E “Eu te amo” for o som uno reverberando na retina dos homens.
Será que, enfim, você aceitaria casar comigo?
(Michelle Buss)
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E poemas desabrocharem em quintais de flores azuis.
Quando o sol nascer do outro lado
E sapos coaxarem mormaços de verões.
Quando do amanhecer chover fragmentos caleidoscópicos de aurora
E o sabor das pitangas for a nota mais doce da canção.
Quando o céu resolver trocar de roupas
E enfim, vestir o sutil dos violetas iridescentes.
Quando as papoulas despertarem em outras estações
E o tempo dos solstícios for o mesmo dos equinócios.
Quando o quadrante dos sonhos noturnos for o mesmo da realidade
E araras forem as mensageiras de loucuras gravitacionais.
Quando então as horas baterem no meu rosto
E me libertarem das cadeias de medos insípidos.
Quando as línguas forem criptografadas em batimentos cardíacos
E “Eu te amo” for o som uno reverberando na retina dos homens.
Será que, enfim, você aceitaria casar comigo?
(Michelle Buss)
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quinta-feira, 21 de abril de 2011
CRÔNICAS DE MIM MESMO.
Queriam que eu estivesse morto,jogado no chão,sendo comido por cachorros vira-latas,quero fugir,sair correndo e me esconder.
O meu passado me assusta,o meu presente me deixa triste e sei que futuramente irei me arrepender de tudo isso.
Saia,suma,fuja,grite e me abrace.Quero pedaços de vidros me cortando.Quero tudo isso se você não estiver aqui.
Posso falar palavras pesadas,que vão entrar no seus ouvidos e machuca-los,deri-los vão,mas só o seu bem eu quero.Só quero te ver feliz,nunca triste.Apenas sorrindo.
Olho para o alto,fico calado por 5 minutos,queria estar cara a cara com você.Queria te beijar como o agora fosse acabar,como o nunca jamais voltará.Eu sei que não volta.Sei que você não vai voltar.
Posso pensar muito mas de uma coisa eu tenho certeza,você ainda será minha.
No nosso campo de papoulas
Quando a gente for ao nosso campo de papoulas, que mandei trazer do Mundo de Oz, vai ser mágico. Porque quanto mais avançamos mais cansamos e então dormiremos.
Dormiremos eternamente, não vale a pena acordar.
No nosso campo de papoulas especial tem tudo o que precisamos. Tem o cheiro doce e feiticeiro, tem a cor escarlate e bonita e tem as músicas das flautistas do nosso campo de papoulas.
E tem nós dois e não tem mais ninguém.
E vou mandar plantar uma árvore do pecado original, bem no meio do nosso jardim. Vamos dormir sob ela, não vamos comer de seu fruto para não acordarmos do nosso Éden total.
Não teremos leões covardes no nosso campo de papoulas e o brilho do sol vai se estender no horizonte, até onde for o nosso campo de papoulas vermelhas e bonitas. E Monet não tinha papoulas mais bonitas, nem eram tantas.
Vai ser bonito como o desenho das crianças, como as músicas feitas por um surdo, como as esculturas de quem não tinha braço, como o brilho dos olhos daqueles que vêem um mundo distante.
Porque nosso campo de papoulas é longe daqui. É longe da nossa cama.
É nos nosso sonhos quando dormimos.
Dormiremos eternamente, não vale a pena acordar.
No nosso campo de papoulas especial tem tudo o que precisamos. Tem o cheiro doce e feiticeiro, tem a cor escarlate e bonita e tem as músicas das flautistas do nosso campo de papoulas.
E tem nós dois e não tem mais ninguém.
E vou mandar plantar uma árvore do pecado original, bem no meio do nosso jardim. Vamos dormir sob ela, não vamos comer de seu fruto para não acordarmos do nosso Éden total.
Não teremos leões covardes no nosso campo de papoulas e o brilho do sol vai se estender no horizonte, até onde for o nosso campo de papoulas vermelhas e bonitas. E Monet não tinha papoulas mais bonitas, nem eram tantas.
Vai ser bonito como o desenho das crianças, como as músicas feitas por um surdo, como as esculturas de quem não tinha braço, como o brilho dos olhos daqueles que vêem um mundo distante.
Porque nosso campo de papoulas é longe daqui. É longe da nossa cama.
É nos nosso sonhos quando dormimos.
Karine Lima
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Há quem não saiba dizer a verdade
A cada dia busco compreender o mundo, as pessoas, mas amanhã, o que penso agora já não servirá mais, será loucura, será falho.
Ou as verdades são mutáveis ou o homem se encantou com seu poder de mentir.
Prefiro concordar com as duas possibilidades, uma vez que se a verdade é a vida concretizada, sendo a vida inconstante e flexível, permita-me dizer que a verdade possui certa mutabilidade.
Quem dera parasse por ai.
Há quem prefira, em vez de sonhar e empenhar-se para realizar seu sonho, ocultar a verdade e viver por meio de mentiras, fantasiando uma inverdade constante e transformando-a em sua vida.
Viver sem viver, há quem prefira viver dessa forma.
Mostrar-se superior ao mundo, às pessoas ao seu redor. Pode ser que consiga, mas na verdade só demonstra sua fraqueza e sua futilidade.
A mentira anda de mãos dadas com a Verdade, um hora ou outra ela será revelada.
Há quem escolha esse risco para viver o resto de sua vida, vivendo fatos e imagens que nunca será capaz de viver, ouvindo coisas que jamais irá ouvir, possuindo coisas que nunca irá possuir.
A mentira, assim como máscaras, sempre cai e sua verdadeira vida estará como um livro aberto.
Ao mentir você rouba o direito de alguém saber a verdade
Ao mentir você omite um direito seu, o de ser feliz de verdade.
Thiago Brito
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Um jeito bom de morrer...
Deve ter algum jeito bom de morrer.
Morrer de fogo, esse fogo que me consome por dentro, que externo no rosado do meu rosto.
Morrer sob a água, quando estamos no mar, no rio, na piscina, quando nossos beijos não nos permitem respirar, quase como se estivéssemos sob a água.
Ou morrer simplesmente. Dessas pessoas que morrem dormindo. Dormindo ao seu lado. Dormindo o cansaço dos namorados. Descansando a vida boa daqueles que amam.
Ou morrer acordado, olhando seu rosto, te admirando até o ultimo suspiro. Morrer te querendo. Morrer sabendo que não podia ter sido melhor.
Morrer sem medo. Morrer sem querer mais, porque foi o suficiente estar com você.
Morrer para mim, quase nascer para você. Nascer de novo, Nascer só pra esse amor. E morrer mil vezes se fosse preciso. E essas mil vezes renascer.
E enfim, não ter medo de morrer. Não ter medo de nada. Pular no vazio. Porque morrer deve ser como pular no precipício e nunca mais encontrar o fim.
Se eu pulasse então, eu pensaria em você. Morreria de amores. Morrerias nos teus braços. Porque antigamente paixão significava sofrimento. Acho que amar significava morrer.
Karine Lima
Nos seus braços...
Acordei com o silêncio.
O cheiro inebriante de rosas vindo do quintal inundava o quarto. A janela estava aberta e a cortina entreaberta esvoaçava com o vento. Eu havia adormecido na poltrona, o livro em meu colo.
Laika dormia com as costas voltadas para mim, em posição fetal. Estava meio enrolada no cobertor, que cobria seu tronco e deixava de fora os pés. O travesseiro estava encostado na cabeceira. Uma respiração suave vinha de sua boca aberta.
Aproximei-me lentamente da cama e retirei seus sapatos. Ela ainda usava o vestido da noite passada e eu não ousaria tentar tirá-los. Enquanto puxava o cobertor para cobrir seus pés, ela murmurou alguma coisa em seu sono. Fiquei paralisada. Ela virou-se na cama e ficou de barriga para cima, como se estivesse falando comigo.
Continuei, dessa vez tapando os ombros nus dela. Em seguida, me arrastei pela cama até estar ao seu lado e abracei-a pelas costas, pondo o braço ao redor de sua cintura belamente esculpida. Encostei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos. Restou-me ficar naquela posição, sentindo o cheiro de seu perfume de laranja, até sentir seu movimento, percebendo que ela virava-se para mim.
Afastei-me a tempo de observá-la enquanto levantava as pálpebras, mostrando suas íris de um cinza titânio apaixonante. Um sorriso surgiu em seus belos lábios carnudos, que desapareceu quando aproximei-me e rocei meus beiços nos seus.
Quando eu era pequena...
Quando eu era pequena
Tinha medo de ir pra cama
Por que achava que,
Enquanto dormia,
Ia afundar na cama
Passar do chão
E cair pra sempre
No infinito espaço,
Céu estrelado e negro,
Um vácuo completo.
Sem som, ruídos, baques ou murmúrios.
Fantasiosa eu, não?
Um dia...
Um dia
Sentei-me sobre a grama verde
Sentindo o cheiro da natureza
E o bater de asas de uma borboleta.
Ouvindo o som da cachoeira
Que águas claras e límpidas jorrava,
Molhando meu cabelo.
E deitando-me sobre a relva,
Olhando as nuvens brancas no céu,
Sentindo o pinicar do capim no rosto
Percebi a verdadeira paz,
Descanso eterno,
Pura calmaria,
Uma paz que ficaria.
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