sábado, 10 de setembro de 2011

sobre mim

Manteiga de garrafa, leite derramado. Queijo francês com cheiro de velho, chocolate amargo com gosto de saudade.

Pés de criança na areia da praia, ciúmes nos olhos que escondem o amor. Paixão mal revelada, ódio mal escondido. Dor de cotovelo.

Nudez descontrolada, vestido cheio de pregas. Bainha mal-feita. Festa mal organizada. Descontrole. Grito de dor. Choro de rir, riso de nervoso.

Tudo dando errado e no final saindo certo. Contos de fadas, de bruxas, de príncipes, e de sapos. Muitos sapos. Muitas coroas, muitos reis. Muitas mentiras. Muitas mentiras.

Não saber o que fazer, fazer o que é certo. Fazer o que não quer. Querer fazer e não poder. Se calar, se sentar, murmurar. Pensar maldade e não fazer.

Ter orgulho dos outros. Gritar com os outros. Bater nos outros. Chorar pros outros. Pedir apoio pros outros. Sofrer com os outros, sofrer pelos outros. Sofrer sem contar aos outros.

Querer se esconder, querer aparecer. Querer ser notada sem ser comentada, sem ser mal vista.

Sem ser mal vestida. Não saber o que vestir, vestir o que vier pela frente. Querer comprar toda a loja de roupas. Querer só um casaco. Querer só um sapato.

Querer só um abraço. Querer ser ouvida, querer ouvir.

Falar demais. Não falar nada. Pensar na morte da bezerra. Repensar a teoria freudiana.

Alterno entre mentiras e verdades. Verdades que me parecem mentiras, mentiras que conto com sinceridade. E buscar o amor de verdade.

E não encontrar o amor de verdade.

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